
Quando estamos em busca de aprovação de crédito ou de financiamento, as instituições (bancos, lojas, empresas etc.) realizam consultas a respeito de nossa vida financeira, ou seja, realizam uma análise de risco de crédito. As lojas precisam entender o perfil desse consumidor para liberar um crediário e o banco precisa saber como é o perfil da pessoa que será a responsável financeira por um empréstimo, por exemplo.
Nesse momento, muito se fala em score e como esse fator é importante na hora de se fechar algum contrato ou negócio junto aos bancos e demais instituições.
Desse modo, é uma ferramenta que as instituições financeiras e empresas no geral utilizam para avaliar o perfil da pessoa antes de prosseguir para liberar o crédito ou aprovar o financiamento. Como será que essa pessoa normalmente se comporta em relação ao mercado?
Algumas variáveis fazem parte dessa análise, como a verificação do histórico de pagamentos e débitos. Certo, quer dizer que, se houver problemas com meus pagamentos anteriores, isso poderá interferir na possível liberação de crédito? De certa forma, pode influenciar sim, sendo um fator que diminua seu score.
Quer saber mais? Então, venha com a gente na leitura a seguir. Em especial, se você está buscando financiamento para compra da casa própria ou crédito para reformar um imóvel ou outra finalidade, fique atento a esse conteúdo.
O que é score?
Como já falamos na introdução acima, é necessária uma análise antes de liberarem crédito ou aprovarem um financiamento a você e, nessa verificação, entra o chamado score – termo em inglês que significa “pontuação”. Daí, tem-se que o score diz respeito a uma pontuação que indica o perfil financeiro da pessoa e que vai influenciar na liberação ou não de crédito a essa pessoa pelas instituições financeiras ou mesmo na oferta de melhores condições de juros. Isso porque essa pontuação é, principalmente, um termômetro em relação à confiança de que a pessoa quita suas dívidas e, dessa forma, há mais segurança na tomada de decisão para liberação de crédito.
A pontuação vai de 0 (zero) a 1.000. Quanto maior ela for, mais propícia a concessão de crédito; quanto menor, mais perto da possibilidade de inadimplência. Essa previsão leva em conta os próximos 12 meses.
Nesse sentido, por essa leitura, dependendo da pontuação, o banco entende que a pessoa é boa pagadora em relação aos próximos 12 meses e, assim, libera o crédito. Ao contrário, caso a pontuação seja baixa, tem-se um fator que dificulta a liberação do banco, pois este entende que a pessoa poderá se endividar e não cumprir esse pagamento.
As empresas e os bancos, antes da tomada de decisão a respeito de algum empréstimo, por exemplo, consultam instituições especializadas em análise de crédito.
A Serasa Expiran e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) são exemplos de instituições que analisam crédito, nas quais a própria pessoa pode verificar o status de seu CPF e seu score. Chamadas de birôs de crédito, têm em seus registros, entre outros dados, o histórico de pagamento do cidadão e seu relacionamento com o mercado. Além da Serasa e do SPC, existem a Boa Vista SCPC e Quod.
De acordo com a Serasa Score 2.0, por exemplo, temos a seguinte classificação:
de 0 a 300 pontos – baixo;
de 301 a 500 pontos – regular;
de 501 a 700 pontos – bom; e
de 701 a 1.000 pontos – muito bom.
Também representada por cores, respectivamente: vermelho, amarelo, verde-claro e verde-escuro.
Vale dizer que cada birô tem seus critérios de análise e pontuação específicos, mas, no geral, seguem processos parecidos.
Outro ponto para observar é que a concessão de crédito fica a critério do banco ou empresa ao qual você está solicitando, os birôs não interferem nessa autorização, são apenas consultados pelas empresas para fornecer mais uma informação que auxiliará na tomada de decisão da operação.
Mas o que é levado em conta para calcular o score?
Cada birô ou instituição que analisa créditos considera uma série de fatores; entre os quais, podemos citar: relacionamento da pessoa com o mercado; histórico de dívidas; ter ou não o nome negativado; pagamento de crédito, pagamento de débitos; se a pessoa tem conta em banco; o quanto seu CPF é consultado e até se os dados cadastrais estão atualizados.
Os números ou notas que vão indicar o score de cada um são obtidos por meio de critérios estatísticos. Esses dados refletem os hábitos de consumo, de pagamento de contas ou de uso de formas de crédito de grupos de pessoas com comportamento financeiro semelhante.
À medida que a pessoa paga suas dívidas e se relaciona frequentemente com o mercado movimentando a economia, vai-se constatando no sistema de análise de crédito um perfil confiável e, com isso, o score aumenta.
Observamos que há atualizações do sistema de análise de crédito de cada birô. Na Serasa Score 2.0, por exemplo, que configura uma versão atualizada desse serviço representando mais precisamente o momento atual financeiro da pessoa, os dados de pagamento de crédito passam a ter um peso bem maior agora. Então, as informações de cadastro positivo e as contas de crédito pagas em dia têm um peso maior que dívidas mais antigas.
Vale, então, fazer o cadastro no birô de sua preferência e checar seu score de acordo com os critérios dessa instituição.
Score alto, score baixo e o financiamento imobiliário
Então, se você possui dívidas antigas, nome negativado ou contas básicas não pagas em dia, isso contribui para baixar o seu score; o que significa diminuir a confiança e aumentar o risco de inadimplência.
Mas vamos supor que seus débitos estejam quitados e seu nome limpo e que, inclusive, não tenha quase nenhuma conta em seu nome. Pois bem, saiba que isso também afetará seu score. Você pode se perguntar: Como meu score é baixo se não tenho dívidas? Aqui entra outro fator de que falamos acima e que influencia em sua pontuação: o seu relacionamento com o crédito e com o mercado, o quanto você movimenta, o quanto você compra e o quanto você gasta. Se você não tem contas em seu nome, não há como comprovar seus hábitos de pagamento e o mercado não o conhece, assim seu score será baixo. Além disso, se você quase não movimenta crédito ou se seus gastos não são tão significativos, seu score tende a baixar também.
Bancos e empresas vão levar em consideração o seu score para avaliar a concessão de crédito para financiamentos, empréstimos ou cartões. Será um dado que se juntará aos demais critérios próprios estipulados por cada instituição para liberar ou não o crédito.
Conforme a pontuação de seu score, haverá mais ou menos confiança de que você cumprirá o pagamento. Tendo uma pontuação mais alta, maior será a confiança. Isso pode influenciar não só na liberação do crédito, como também em melhores condições de juros e no valor a ser liberado.
Relembrando que a tomada de decisão para um financiamento ou outra operação de crédito é da instituição financeira . Esta, por sua vez, leva em conta uma série de variáveis e, em situações específicas, pode até avaliar a possibilidade de liberar crédito para um score mais baixo, porém depende do contexto do risco, da renda, do relacionamento com o banco e demais critérios envolvidos.
Dicas para aumentar o score.
Antes de tudo, para aumentar seu score, é preciso mudar o comportamento financeiro. A partir daí, é colocar em prática hábitos de pagamento que vão melhorar a pontuação.
Isso implica:
- pagar as contas em dia;
- limpar seu nome;
- pagar as dívidas ou renegociá-las no caso de nome negativado;
- deixar os dados de cadastro atualizados no birô de crédito (inclusive para evitar cobranças indevidas);
- manter contas de gastos básicos (conta de luz, água, por exemplo) em seu nome;
- movimentar o crédito e cumprir com o pagamento de parcelas;
- abrir um cadastro positivo.
Vale observar que melhorar o score, ou seja, subir a pontuação, é o resultado de um processo no decorrer do tempo que evolve hábitos financeiros saudáveis e o bom relacionamento do cliente com o mercado. Assim, não é de uma única vez que a situação mudará. Se quitar uma dívida, por exemplo, a pontuação não aumentará imediatamente. Dessa forma, é importante pagar ou renegociar débitos o quanto antes para que sua situação financeira vá gerando confiança no mercado e, assim, o score aumentando.